Novo núcleo de fraude no leite é descoberto no Noroeste do Estado e uma pessoa é presa
SAÚDE Ministério da Agricultura encontrou formol em amostras do produto A investigação do Ministério Público (MP) que revelou aos ...

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Ministério da Agricultura encontrou formol em amostras do produto
A investigação do Ministério Público (MP) que revelou aos gaúchos a adulteração de leite teve um novo capítulo na manhã desta sexta-feira. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em oito municípios do Estado, na operação denominada Leite Compen$ado 4. Por volta das 8h30min desta sexta, o proprietário de uma unidade de resfriamento de leite foi preso preventivamente no município de Condor, no Noroeste do Estado, suspeito de adulterar leite com formol.A quarta fase da operação iniciou em fevereiro, quando o MP recebeu documentos do Ministério da Agricultura comprovando a adição de formol em 12 amostras de leite cru coletadas em um posto de resfriamento localizado no Noroeste. Segundo o Ministério da Agricultura, parte do leite adulterado foi entregue a uma empresa de laticínios, que colocou o produto à venda no mercado. Os indícios são de que o leite tenha sido distribuído para outros Estados.
O proprietário preso acrescentou ureia ao leite, substância que continha formol - que é considerado cancerígeno. O nome dele e as marcas dos leites adulterados serão divulgados em coletiva do MP às 10h30min desta sexta-feira, em Ijuí, no Noroeste.
Na unidade de resfriamento em Condor foi encontrado soda cáustica em um galpão. Durante a prisão, o empresário disse que usa o produto para limpar caminhões. Segundo o MP, a unidade de resfriamento tinha sido interditada em fevereiro, mas já estava com a situação regularizada.Em dezembro, promotor disse que condenação a acusados na operação era "pedagógica"Operação começou em maio do ano passado, relembreOperação foi realizada por técnicos do MP, com apoio do Ministério da Agricultura, Polícia Civil e Brigada Militar (BM) Foto: Stéfanie Telles / Especial
Mesmo após as primeiras condenações, em dezembro de 2013, quando seis acusados receberam penas que chegam a 18 anos e seis meses de prisão, a adulteração de leite continuou no Estado.A operação Leite Compen$ado foi lançada em 8 de maio de 2013 pelo MP e Ministério da Agricultura. Desde então, foram descobertos três núcleos de adulteradores de leite, em seis municípios: Ibirubá, Ronda Alta, Boa Vista do Buricá, Horizontina, Guaporé e Três de Maio. Os grupos adicionavam ureia, água, formol, água oxigenada ou bicarbonato de sódio no leite.Soda cáustica foi encontrada na propriedade Foto: Stéfanie Telles / Especial
Onde o MPE detectou adulteração no alimento, em operações anteriores:
Núcleo de IbirubáGrupo 1
Daniel Riet Villanova, veterinário e líder do grupo
João Cristiano Pranke Marx, transportador
Alexandre Caponi, transportador
Angelica Caponi Marx, mulher de João Cristiano
João Irio Marx, dono do galpão onde ocorriam as adulterações e pai de João Cristiano
Paulo Cesar Chiesa, transportadorAcusação: adicionavam ureia, água e formol no leite, que depois era transportado para o ParanáGrupo 2
Rosilei Geller, funcionária de Daniel Villanova
Natalia Junges, informante dos transportadores
Cleomar Canal, motorista
Egon Bender, produtor rural que cedia a conta bancária para lavagem de dinheiro
Senald Wachter, produtor rural que adicionava ureia no leiteAcusação: participavam do mesmo esquema que misturava ureia e formol ao leiteNúcleos de Ronda Alta, Boa Vista do Buricá, Horizontina e GuaporéProcessados: Larri Lauri Jappe, empresário e vereador, e Leandro Vincenzi, empresário
Denunciados pelo MPE: Antenor Pedro Signor* e Paulo Rogério Schultz, transportadores
*Aceitou delação premiada (segue no processo, mas a pena é reduzida pela metade)Acusação: misturavam ureia e formol no leite e tinham a fórmula para adulterar o alimentoNúcleo de Três de MaioAirton Jacó Reidel, transportador
Rejane Dias, mulher de Airton
Roberto Carlos Baumgarten, sobrinho de Airton
Laércio Rodrigo Baumgarten, sobrinho de AirtonAcusação: adicionavam água oxigenada e bicarbonato de sódio ao leiteIndústrias acionadas pelo Ministério Público EstadualBRF (leite Batavo)
LBR (leite Líder)
Goiasminas (leite Italac)
VRS (leite Latvida, também envasava Hollmann, Goolac e Só Milk)
Vonpar (leite Mu-Mu)Como funciona o esquema:
Assecom, 14.03.2014, com Zero Hora