Pessoas com deficiência cobram aposentadoria por tempo de serviço
Belo Horizonte 30 de agosto de 2013 Especialistas do setor previdenciário e centenas de pessoas com deficiência discutiram a nece...

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Belo Horizonte
Especialistas do setor previdenciário e centenas de pessoas com deficiência discutiram a necessidade e urgência da aplicação da aposentadoria por tempo de serviço em caráter especial para o segmento.
O debate foi realizado em seminário na quinta-feira (29/8), na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
O encontro buscou esclarecer dúvidas a respeito da nova legislação federal que prevê a aposentadoria especial e deve ser regulamentada até novembro deste ano.
Também foi aberto o debate sobre a situação atual das pessoas com deficiência, que sofrem com a falta de oportunidade de trabalho, acessibilidade, tradutores, espaços e escolas adaptadas às necessidades específicas.


Termos e critérios
Conforme o texto publicado, fica garantida a concessão de aposentadoria pelo INSS às pessoas com deficiência nas seguintes condições: aos 25 anos de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher, no caso de deficiência grave; aos 29 anos de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher, no caso de deficiência moderada; aos 33 anos de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher, no caso de deficiência leve; ou aos 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período.

Para apuração do grau de “impedimento” da pessoa, o INSS avalia aspectos sociais e físicos divididos em três áreas: “fatores ambientais”, como a qualidade do espaço onde vive, acessibilidade, esforço e relações estabelecidas com as pessoas e familiares; “atividades e participação”, considerando a capacidade da pessoa (o que consegue fazer em ambiente neutro) e seu desempenho real (o que consegue fazer no ambiente habitual, com todos os fatores presentes), tanto em caráter individual, quanto social; e “funções do corpo”, identificadas pela perícia médica entre os diversos tipos de deficiência como física, auditiva, visual, mental ou mesmo múltipla.
Dúvidas e reivindicações

As pessoas exigiram, ainda, políticas públicas para o segmento que garantam a qualidade de vida e a possibilidade de acesso à aposentadoria como mais oportunidades de trabalho para os cidadãos com deficiência, espaços institucionais adaptados, concursos públicos para tradutores de LIBRA que garantam a acessibilidade, transporte público acessível e, principalmente, escolas e educadores capacitados ao atendimento e formação desse público. Foi elaborada uma carta conjunta reunindo questionamentos e sugestões a ser enviada ao governo federal como forma de participação popular na regulamentação da nova lei.
Fonte: CMBH/Leonardo Mattos